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35 - TARUMÃ  Vitex polygama Cham. (VERBANACEAE)

​Árvore de casca áspera, descamante, de 10 a 12 metros de altura. Brotos e ramos fortemente pilosos, com coloração ferrugínea. Folhas compostas, com cinco folíolos, pontiagudos, de 10 a 18 cm de comprimento e 5 a 9 cm de largura. Flores roxo-claro, tubulares com formato de funil. Fruto tipo drupa, quase negro quando maduro, de cerca de 1,5 cm de largura e coberto por pilosidade.

Uma das árvores icônicas do cerrado que desenhei no meio do bosque do Parque Alfred Usteri há alguns anos, ainda com a vegetação preservada. A única providência ao se fazer o parque foi cercar tudo com uma grade. Tinha um portão de acesso que ficava aberto sem nenhuma indicação de permissão de entrada. Na dúvida, entrei e fi z desenhos demorados. Depois colocaram um cadeado. O parque nunca funcionou para visitação, mas ia esporadicamente para ver do lado de fora. Percebi gente trabalhando nas plantas.

Voltei um ano atrás e o que vi me pareceu assustador: um gramado aparado! Subi na grade e foi um choque ver que tudo foi destruído e a vegetação cortada. Encontrei o Tarumã podado, para levantar a copa e fi car verticalizado, desfi gurando seu formato natural — o que parece indicar que o parque sofreu uma “Ibirapuerização”, eliminando- se moitas e sub-bosque para abrir a vista, como se fosse uma praça comum. Mas quem teria interesse nisso se não se pode acessar o parque?”

 

Distribuição: Cerrado típico, cerradão e floresta estacional semidecidual.

Situação em São Paulo: É raro, mas a prefeitura disponibiliza eventualmente exemplares para quem quiser plantar.

Como plantar: A semente brota entre um a três meses dependendo das condições, mas pode ser plantada diretamente no local definitivo combinada com outras sementes. Pedaços de raiz ou de galhos podem ser tratados com enraizador e com sorte, produzem uma nova árvore.

Usos: Frutos de sabor peculiar, muito apreciados pela fauna e para geleias, compotas, licores e sucos. As folhas são tidas como medicinais na medicina popular, como emenagogas e para o tratamento de problemas renais.

 

DURIGAN, G. Plantas do cerrado paulista: imagens de uma paisagem ameaçada. Páginas & Letras Editora e Gráfica, 2004.

HORTO BOTÂNICO, Museu nacional do Rio, 2015.

Disponível em <http://www.ib.usp.br/labtrop/guiamatinha/pagina%20plantas/Vitex_polygama_pagina/vitex_polygama.html>

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Daniel Caballero © 2025

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Desenho de paisagem de Daniel Caballero
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