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22 - ORELHA DE ONÇA Leandra   aurea (Cham.) Cogn. (MELOSTOMATACEAE)

Arbusto perene, de pequeno a médio porte, com ramos e folhas geralmente cobertos por fina penugem, o que lhe confere seu aspecto característico e aveludado. As folhas em geral são largas e com as pontas finas, com a bainha curta, margem inteira e fortemente cobertas de pilosidade esbranquiçada, com 3 a 9 nervuras paralelas que partem da base e terminam na ponta da folha. Flores na ponta dos ramos, com cálice muito reduzido, externamente revestido por penugem, com cinco pétalas, arredondadas, de coloração lilás a roxa. Frutos persistentes, secos, com sementes minúsculas.

Quando era adolescente tinha um grupo de amigos que transplantava árvores de um terreno baldio prestes a ser destruído. Plantávamos em uma praça. Depois quando finalmente construíram no terreno, continuamos com outras plantas, e um amigo, o Fábio Romano, levou uma muda de orelha-de-onça que ganhou de alguém na USP. Lembro dele falar da raridade da planta já naquela época. Recentemente, em 2011, uma das áreas mais significativas de cerrado na cidade foi destruída para a construção de prédios dentro do campus da USP. Curioso é que a faculdade de botânica não é muito longe dali — para que será que eles estudam?

Distribuição: Comum em toda a América do Sul, especialmente nas regiões sudeste e centro-oeste do continente.

 

Situação em São Paulo: Comum em beira de estrada e em fragmentos de cerrado pela cidade.

Como plantar:Siga as mesmas recomendações da pixirica, embora pareça ser uma planta muito mais resistente. Recomenda-se realizar um berço bem profundo, para acomodar suas raízes e facilitar seu desenvolvimento. Aprecia boa cobertura morta no entorno, para manter a umidade.

 

Usos: Potencial para paisagismo, pelo aspecto das folhas e da floração, que ocorre na primavera-verão. Existem no cerrado paulista diversas espécies muito parecidas entre si, que também podem apresentar diferenças dependendo das condições do ambiente.

MARTINS, A.B. (COORD.) MELASTOMATACEAE IN: MARTINS, S.E. ET AL (EDS.) FLORA FANEROGÂMICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. INSTITUTO DE BOTÂNICA, SÃO PAULO, VOL. 6, PP: 1-168, 2009.

Orelhas-de-onça, frutificando no Cerrado Infinito da Borda do Caaguaçú.

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Daniel Caballero © 2025

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Desenho de paisagem de Daniel Caballero
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