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10- MILHO DE GRILO  Lantana trifolia L. (VERBENACEAE)

Planta perene, arbustiva, ramificada, ereta, de folhas e ramos ásperos, porém sem acúleos. As folhas são verticiladas, de margem serreada, elípticas e com ápice agudo, de textura áspera e aroma característico. As flores em grupos de até três, partem das axilas das folhas, possuindo pedúnculo de 4 a 6,5 cm, grupos de flores com cálice de 1,5 mm, na coloração rosada. Frutos redondos, cor de vinho, sem pelos, de 0,3 cm de diâmetro, de sabor adocicado.

Coletei de um galho e se revelou parente da lantana comum. Foi numa área de cerrado, ao lado do estacionamento da Arena Corinthians, onde há um pequeno fragmento nativo com muitas espécies deste livro e uma nascente, protegida por uma placa onde se diz que se trata de uma área de proteção ambiental. Mas se a nascente está protegida, quem protege o cerrado? Vi uma série de árvores genéricas de compensação ambiental sendo plantadas sobre as espécies do cerrado, condenando-o ao sombreamento e consequente fim, enquanto outra parte era retirada para plantar um insosso gramado, ignorando completamente a biodiversidade do local.

Distribuição: Sudeste, Centro-Oeste e Sul, no Cerrado e em bordas de Mata Atlântica. Pode ocorrer como planta invasora em regiões agrícolas.

Situação em São Paulo: Apesar de tida como planta espontânea e ruderal, é uma boa indicadora de áreas remanescentes de cerrado, onde está sempre presente.

Como plantar: Se reproduz com extrema rapidez, seja por estacas de ramo ou por sementes, e os procedimentos são iguais aos das outras lantanas; também se comporta bem em vasos. Tolera longos períodos de escassez de chuvas e não é exigente quanto à fertilidade do solo.

Usos: Muito ornamental, sua frutificação distinta, de coloração vinho a arroxeada, poderia ser mais usada no paisagismo urbano. É considerada uma planta medicinal e melífera. Floresce e frutifica intensamente o ano todo; seus frutos são comestíveis e têm um sabor suavemente doce, mas não espere matar a fome com eles.

LORENZI, H. PLANTAS DANINHAS DO BRASIL: TERRESTRES, AQUÁTICAS, PARASITAS E TÓXICAS. INSTITUTO PLANTARUM. NOVA ODESSA, SP, 4ª ED. 2008. 672P. IL.

DOS SANTOS SILVA, T. R.; LIMA, C. T. FLORA OF BAHIA: VERBENACEAE: LANTANA. SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, V. 12, N. 2, P. 245-268, 2012.

O sol pleno garante boas floradas para borboletas e abundante produção de frutos para os passarinhos.

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Daniel Caballero © 2025

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Desenho de paisagem de Daniel Caballero
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