
43 - MELÃOZINHO DO CERRADO Melancium Campestre (CURCUBITACEAE)

43- Melãozinho do cerrado – Melancium Campestre (CURCUBITACEAE)
Planta prostrada ou rasteira, de ramos recobertos de penugem. Folhas com pecíolos com muitos pelos, folha de 2,0 a 6,6 x 0,8 a 3,2 cm, suavemente denticulada, sem gavinhas. Flores dispostas em racemos, amarelas, separadas em masculinas e femininas. Fruto verde com manchas longitudinais verde-claras, globoso, sem pelos, de 0,7 a 2,2 x 0,6 a 2,5 cm; sementes oblongas. Floresce e frutifica de dezembro a abril.
Frutas análogas as que consumimos, trazem uma aproximação afetiva com o cerrado. No meio de uma multidão de espécies desconhecidas, encontrar os melãozinhos é reconfortante. Mas quando experimentamos a fruta, essa referência familiar se inverte e temos um estranhamento com seu gosto distante do melão da feira.
Segundo o pesquisador de frutas nativas Helton Josué, as frutas comerciais têm seu sabor modifi cado para se tornarem mais doces e nesse processo desenvolvemos um paladar mimado e hipersensível
para sabores mais ácidos. Também deixamos de aproveitar os diversos sabores das frutas nativas, onde cada paladar tem sua história.
Distribuição: Por todo o território nacional, em cerrado, cerradão, campo cerrado, formações rupestres, cerrado perturbado e mata ciliar.
Situação em São Paulo: Tem no Parque do Juqueri; na cidade, se ainda existir, é muito rara.
Como plantar: Unicamente por sementes, retiradas de frutos maduros.
Usos: Planta ornamental e comestível, similar a pequenas melancias com frutos de polpa amarela e ácida. Possui grande variação nas formas e tamanho das folhas, dependendo de condições ambientais em que for cultivada.
LEAL, I. A. B.. ESTUDO TAXONÔMICO DAS ESPÉCIES DA FAMÍLIA CUCURBITACEAE JUSS. OCORRENTES NO DISTRITO FEDERAL, BRASIL. 2013. 114 F. DISSERTAÇÃO (MESTRADO EM BIODIVERSIDADE VEGETAL) – UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA, 2013.

