
09 - LANTANA ROXA Lantana fucata Lindl. (VERBENACEAE)

Planta arbustiva de caule lenhoso, muito ramificada, de formato angular e cor de ferrugem, chegando até 2 m de altura. Folhas simples, muito rugosas e ásperas, opostas, de forma ovalada a lanceolada, com penugem em ambas as faces. As inflorescências, na cor roxa, partem das axilas e são caracterizadas por pequenas flores agrupadas, todas com cinco pétalas. Fruto carnoso de cor escura.
Distribuição: Sul, Sudeste, Centro-Oeste (exceto Mato Grosso) e Nordeste. Planta considerada ruderal e daninha, invasora de pastagens e campos cultivados de fruticultura e culturas perenes.
Situação em São Paulo: Não é tão comum quanto a Lantana camara, encontrada ocasionalmente em fragmentos preservados.
Como plantar: As lantanas se reproduzem facilmente por sementes; quando a flor seca, se formam frutas em forma de bolinhas, que contêm as sementes — basta enterrar e regar. Também se pode cortar um galho, retirar todas as folhas grandes e colocar a base em um copo de água. Ao longo dos dias vão se desenvolver raízes e depois é só plantar na terra e continuar regando até ela se virar sozinha. São plantas resistentes, inclusive ao fogo quando bem enraizada.
Usos:
LORENZI, H. PLANTAS DANINHAS DO BRASIL: TERRESTRES, AQUÁTICAS, PARASITAS E TÓXICAS. INSTITUTO PLANTARUM. NOVA ODESSA, SP, 4ª ED. 2008. 672P. IL.
MOREIRA, H. J. C.; BRAGANÇA, H. B. N. MANUAL DE IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS INFESTANTES–HORTIFRUTI. SÃO PAULO: FMC AGRICULTURAL PRODUCTS, 2011.
DOS SANTOS SILVA, T. R.; LIMA, C. T. FLORA OF BAHIA: VERBENACEAE: LANTANA. SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, V. 12, N. 2, P. 245-268, 2012.

Em primeiro plano lantana-roxa, exuberante no finado Cerrado infinito da Casa das Caldeiras.

Na Casa das Caldeiras, o sol é pleno, e a terra vermelha foi colocada para cobrir restos de demolição das antigas fábricas, com pedaços de piso, tijolo e concreto misturados. Nenhum problemas para as plantas ruderais.

Sobre tudo isso, um gramado abandonado com um certo grau de infestação de braquiária. Aos poucos vamos eliminando ambos. Já vi lantanas exuberantes, em terrenos bem piores, esta prosperou bem.

No Cerrado Infinito da Nascente, as lantanas roxas se reproduziram intensamente e se tornaram predominantes na paisagem. Os pássaros têm espalhado elas além da praça. Encontrei um exemplar já bem desenvolvido a três quarteirões dali, em outra pequena área verde, ao lado do metrô Vila Madalena.

Quando a planta se integra ao lugar, e fica livre de se desenvolver na sua própria expressão natural, inclusive se espalhando e nascendo onde quer, fica mais fácil percebe-lá como um elemento estético da paisagem.

As inúmeras lantanas da Praça da Nascente são descendentes de alguns poucos exemplares iniciais. Elas com seu volume deram corpo ao Cerrado Infinito, e a alegria das floradas, ajudou a resginificar o conjunto de Matinhos de terreno baldio.

As borboletas são freguesas ávidas, que ajudam a mudar a percepção sobre essas plantas, insistindo na vida e no belo. Acompanhar seus voos, é como fazer um tipo de terapia ocular, que descansa a vista.

