
26 - ERVA GROSSA Orthopappus angustifolius (Sw.) Gleason (ASTERACEAE)

Erva de 30 cm e até 1,5 metros quando em flor, de caule simples, piloso. Folhas 10-30 x 3-cm, pontiagudas ou ligeiramente arredondadas, com nervura central e secundária proeminente, de textura áspera ao toque. Inflorescência partindo de um único escapo, composto por uma profusão de pequenas flores, lilases ou arroxeadas, formando frutos com aspecto de palha.
O curioso dessa planta, é que ela sobrevive ao processo de paisagismo em praças urbanas. Na Praça da Nascente, ela já era razoavelmente presente antes de começarmos o projeto Cerrado Infinito, de certa forma indicando que no passado a praça era uma área campestre. Agora com o projeto que ocupa e elimina a área de gramado e portanto sem a necessidade das podas de manutenção, a planta se desenvolve plenamente e voltou a ter a companhia de outras espécies mais delicadas do cerrado paulistano. Seu escapo com suas flores que antes eram rápidamente cortadas, agora dura meses. É interessante perceber as mudanças das inflorescências — de diminutos buquês de fl ores até se tornarem um tipo de bola de palha, quase uma pelúcia.
Distribuição: Ocorrem todo o Brasil e na América Latina.
Situação em São Paulo: Planta completamente ruderal e típica da cidade, ocorrendo em ambientes ensoladaros, mas também de luz difusa.
Como plantar: Pode ser encontrada na rua e é uma tarefa desnecessária fazer transplantes, melhor coletar as sementes e espalhar.
Usos: Planta com folhas de pouco valor ornamental, grossas e ásperas, Geralmente não forma densas infestações, mas tem presença marcante especialmente quando é tida como planta daninha em gramados, porém a haste com a floração pode ser um elemento de composição interessante em jardins naturalistas. Por sua grande resistência, pode ser cultivadas nas áreas de maior stress do cerrado infinito.
ALMEIDA, GRACINEIDE SELMA SANTOS DE ET AL. ASTERACEAE DUMORT. NOS CAMPOS RUPESTRES DO PARQUE ESTADUAL DO ITACOLOMI, MINAS GERAIS, BRASIL. DISSERTAÇÃO. MESTRADO EM BOTÂNICA. VIÇOSA. 2008.
LORENZI, H. PLANTAS DANINHAS DO BRASIL: TERRESTRES, AQUÁTICAS, PARASITAS E TÓXICAS. INSTITUTO PLANTARUM. NOVA ODESSA, SP, 4ª ED. 2008. 672P. IL.
NOVARA, LAZARO. ASTERACEAE-VERNONIEAE. APORTES BOTANICOS DE SALTA-SERIE FLORA, V. 2, N. 1, P. 1-32, 1993.


