top of page
Piratininga.jpg

12 - ASSA-PEIXE ROXO  Lessingianthus glabratus (Less.) H.Rob. (Asteraceae)

Planta arbustiva perene, ereta, de até 2 m de altura, ramificada, com folhas ásperas e com textura de couro, de forma lanceolada, glabras. Caule ereto e piloso, esverdeado. Com raízes tuberosas. Pequenos grupos de flores na ponta dos ramos, na cor violácea.

Entrei em um terreno baldio repleto dessa planta; seus leves volumes verticais com suas fl ores roxas, alinhados e proporcionais a minha altura, criavam a sensação de estar no meio de uma multidão vegetal.

Voltei nesse lugar muitas vezes, até as plantas desaparecerem entre o outono e o inverno. Em setembro, alguns exemplares introduzidos no Cerrado Infi nito começaram a crescer rápidamente indicando o começo da primavera e uma boa hora para voltar ao local e ver novamente a fl oração de assa-peixes roxos. Infelizmente, cheguei tarde.

Um trator derrubou elas junto com toda uma comunidade de plantas bem representativas do cerrado paulistano. Se à primeira vista pensei que começariam uma construção, percebi ser apenas uma prática para conter a vegetação. Observando outras espécies de porte arbóreo e desenvolvimento rápido que ocorriam nesse terreno mas apenas em tamanho reduzido, concluí que não se tratava de plantas anãs, mas que a passagem do trator não deixava elas se desenvolverem plenamente. Situação diferente do assa-peixe roxo, que com seu ciclo extremamente rápido ainda me dá a esperança de rebrotarem epetindo o espetáculo.

 

Distribuição: Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Planta nativa em ambientes rupícolas e em formações de cerrado.

Situação em São Paulo: Conhecida como planta daninha, é vista em fragmentos e manchas de cerrado, à beira de estradas e mesmo em ambientes com alta perturbação. Planta potencialmente invasora.

Como plantar: Se reproduz bem coletando suas sementes e espalhando-as pelo solo. Para transplantar é melhor usar uma pá e retirar o torrão, mantendo as raízes intactas.

Usos: Potencial como planta ornamental perene, devido a suas flores que atraem abelhas e borboletas.

 

BIONDI, D.; LEAL, L.; BATISTA, A. C. FENOLOGIA DO FLORESCIMENTO E FRUTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES NATIVAS DOS CAMPOS-DOI: 10.4025/ACTASCIBIOLSCI. V29I3. 478. ACTA SCIENTIARUM. BIOLOGICAL SCIENCES, V. 29, N. 3, P. 269-276, 2007.

  • Instagram

Daniel Caballero © 2025

Criado e desenvolvido por Caballeroland

Desenho de paisagem de Daniel Caballero
bottom of page