
28 - FUMO BRAVO Solanum erianthum D. Don (SOLANACEAE)

28- Fumo-bravo – Solanum erianthum D. Don (SOLANACEAE)
Arbustos ou arvoretas de 2 a 6 m de altura, com ramos tortuosos e densamente cobertos de pilosidade na porção superior. Folhas espessas, ovais com ponta aguda, de 10 a 25 de comprimento por 3 a 15 cm de largura, ligeiramente coberta por pilosidade, que lhe confere textura de veludo e coloração esbranquiçada característica. Flores violetas, de cinco pétalas. Frutos de 9 a 12 mm, amarelos quando maduros, com pilosidade persistente.
É uma planta tão comum que muitos a desprezam, mas, uma observação atenta revela uma planta muito elegante, principalmente durante a floração.
Distribuição: Ocorrência em todo o continente americano.
Situação em São Paulo: Comporta-se como invasiva mesmo em áreas urbanas, com crescimento rápido, comum em terrenos baldios e nasce espontaneamente em praças e jardins.
Como plantar: Essa é bem fácil, seus frutos que parecem jurubebas, basta colher alguns frutos maduros e espalhar. Em algum momento nascem e a planta cresce rápido. É uma pioneira agressiva.
Usos: Usada no restauro florestal, como planta de sucessão secundária e importante na composição de cerrados, criando micro ambientes sombreados que favorecem espécies árboreas e que apreciam esses ambientes. Pela facilidade em brotar, é uma boa fonte de biomassa para compostagem. Apesar de sua copa aberta, suas folhas possuem formato e coloração diferenciados, e possui uma discreta beleza quando em flor. Tolera muito bem podas anuais e poderia ser melhor aproveitada na arborização urbana, em canteiros centrais de avenidas, criando corredores de alimentação para a avifauna e ajudando a equilibrar o ambiente da cidade rapidamente.
LORENZI, H. PLANTAS DANINHAS DO BRASIL: TERRESTRES, AQUÁTICAS, PARASITAS E TÓXICAS. INSTITUTO PLANTARUM. NOVA ODESSA, SP, 4ª ED. 2008. 672P. IL.
ROE, K. E. A REVISION OF SOLANUM SECT. BREVANTHERUM (SOLANACEAE) IN NORTH AND CENTRAL AMERICA. BRITTONIA, V. 19, N. 4, P. 353-373, 1967.

Capins-rabo-de-burro, no Cerrado Infinito da Nascente.

Primeiros capins rabos de burro plantados por seres humanos em São Paulo!!! Culturalmente este capim é uma praga e sempre foi eliminado. Todos pensam assim, jardineiros, paisagistas, hortelãos, pecuaristas, etc. Não deixa de ser irônico conseguir convencer pessoas a pegar na enxada para plantá-los. Tem coisas que entendemos melhor usando as mãos, a atividade manual é uma extensão mental, importante de várias formas. Muita gente tem constrangimento em usar uma enxada, como se fosse uma questão

Foi uma das primeiras espécies que introduzimos, logo no começo do projeto. Depois de algumas semanas, já adaptadas, alguém botou fogo nos capins, uma recado de que não seria fácil mudar a cultura sobre eles.

Com as chuvas os capins se recuperaram rápido, logo produziram sementes e começaram a nascer por todo lado.

No começo os jardineiros da prefeitura eram uma ameaça, já existia um histórico de conflitos com outras iniciativas de plantar na praça. Eles cortavam tudo entre 5 cm e a copa das árvores, mas logo entenderam do que se tratava. Muitos tinham vindo de áreas rurais, da Bahia, do Nordeste e conheciam as plantas. Talvez a saudade da paisagem de origem tenha ajudado eles a entenderem a proposta, Passaram a preservar as plantas do Cerrado Infinito.

O capim rabo-de-burro é uma espécie que gosta de água, e recorrente na beira de lagoas, e várzea dos rios.

Coletando sementes de capim Rabo de Burro, não tem segredo, terrinha, sol, e uma boa irrigação, e BUM! Você terá centenas de mudas!