29 - CIPÓ DE SÃO JOÃO
Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers (Bignoniaceae)Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers (Bignoniaceae)
29 - Cipó-de-são-joão – Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers (Bignoniaceae)
Planta trepadeira de até 10m, muito ramificada. Folhas compostas, de disposição oposta, sem estípulas, com folíolos arredondados, pontiagudos, base arredondada e margem lisa, com cerca de 4 cm de comprimento e 2 cm de largura. Flores em grupos, alaranjadas, vistosas, bissexuadas, com as pétalas fundidas e formando um longo tubo. Fruto tipo cápsula, pendente, que ao abrir libera sementes aladas.
No meio do ano durante as festas de São João é uma vista recorrente na beira de estradas que saem de São Paulo, tomando de vermelho alaranjado a copa de algumas árvores ou escorrendo em barrancos no acostamento.
Distribuição: Ocorre em todo o Brasil, preferencialmente em ambiente de cerrado.
Situação em São Paulo: Por vezes usada no paisagismo, vegeta espontaneamente em alguns terrenos indicando vestígios de cerrado, e se comporta como invasora.
Como plantar: Pode ser encontrada em casas de jardinagem e é uma tarefa desnecessária coletar, exceto em áreas que estão passando algum processo de destruição. De qualquer forma, ela se reproduz por estaquia, plantando o galho na terra e regando bem. As sementes, produzidas em abundância na primavera, germinam com relativa facilidade, e podem ser colhidas das vagens pendentes. Deve ser plantada a pleno sol.
Usos: Planta ornamental por excelência, de floração exuberante nos meses de outono até a primavera sendo usada para cobrir pergolados e cercas, devido à sua rusticidade e velocidade de crescimento. Suas flores são frequentemente visitadas por beija-flores sendo seus principais polinizadores.
BATALHA, M. A.; ARAGAKI, S.; MANTOVANI, W.. CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES VASCULARES DO CERRADO EM EMAS (PIRASSUNUNGA, SP) BASEADA EM CARACTERES VEGETATIVOS. BOLETIM DE BOTÂNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, P. 85-108, 1998.
VELOSO, CLARICE DE CARVALHO. AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DAS FLORES DE PYROSTEGIA VENUSTA (KER.) MIERS. 2010. 63 F. DISSERTAÇÃO( PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS) – UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS, ALFENAS, MG, 2010.
Capins-rabo-de-burro, no Cerrado Infinito da Nascente.
Primeiros capins rabos de burro plantados por seres humanos em São Paulo!!! Culturalmente este capim é uma praga e sempre foi eliminado. Todos pensam assim, jardineiros, paisagistas, hortelãos, pecuaristas, etc. Não deixa de ser irônico conseguir convencer pessoas a pegar na enxada para plantá-los. Tem coisas que entendemos melhor usando as mãos, a atividade manual é uma extensão mental, importante de várias formas. Muita gente tem constrangimento em usar uma enxada, como se fosse uma questão
Foi uma das primeiras espécies que introduzimos, logo no começo do projeto. Depois de algumas semanas, já adaptadas, alguém botou fogo nos capins, uma recado de que não seria fácil mudar a cultura sobre eles.
Com as chuvas os capins se recuperaram rápido, logo produziram sementes e começaram a nascer por todo lado.
No começo os jardineiros da prefeitura eram uma ameaça, já existia um histórico de conflitos com outras iniciativas de plantar na praça. Eles cortavam tudo entre 5 cm e a copa das árvores, mas logo entenderam do que se tratava. Muitos tinham vindo de áreas rurais, da Bahia, do Nordeste e conheciam as plantas. Talvez a saudade da paisagem de origem tenha ajudado eles a entenderem a proposta, Passaram a preservar as plantas do Cerrado Infinito.
O capim rabo-de-burro é uma espécie que gosta de água, e recorrente na beira de lagoas, e várzea dos rios.
Coletando sementes de capim Rabo de Burro, não tem segredo, terrinha, sol, e uma boa irrigação, e BUM! Você terá centenas de mudas!